Todos os dias convivemos e ouvimos falar de Marcas...mas afinal o que são essas "coisas"? Para dar solução a esta dúvida fica a resposta de uma pessoa bastante entendida na matéria:
Carlos Coelho, Presidente da Ivity
“Começando por situar-nos um pouco, nomeadamente tendo em conta o lançamento do seu livro «Brand Taboos», em 2007, o Carlos colocou ao mercado - e aos leitores - uma série de questões, alinhavadas em sequência, quase que também como uma reflexão que era pessoal. Perguntava «o que é uma marca?» e seguia depois a questionar se seria o logótipo, o símbolo, o produto, as pessoas, o serviço, uma experiência, uma promessa… Enfim uma série de questões, que lhe devolvemos agora: afinal de contas, o que é uma marca?
Carlos Coelho - Antes de responder, ou para lhe responder o que é uma marca, explico-lhe porquê também o livro dos tabus das marcas: foi uma forma que eu e o Paulo Rocha utilizámos para explicar o lado de trás das marcas, explicando ‘devagarinho’ o que é uma marca, enquanto tentávamos enfrentar uma série de perguntas básicas, que normalmente as pessoas ou têm vergonha ou não tiveram oportunidade de colocar; ou a celeridade dos processos não permita esclarecer uma série de dúvidas que se têm. Dito isto, há muitas definições do que é uma marca. Definições muito técnicas. Para mim, no fundo, uma marca é um espaço de relação entre uma coisa e uma pessoa. É uma interface de relação que tem uma fisicalidade, um nome, um conjunto de expressões físicas; que permitem estabelecer um ponto de contacto entre um produto, um serviço e um consumidor. E que tem, como objectivo, a geração de lucro. E aqui é que talvez seja um ponto interessante a observar: o lucro não é apenas dinheiro, e não está apenas de um lado. A melhor marca é aquela que consegue gerar lucro para quem vende e para quem compra. Eu procuro, numa marca, ter lucro. E o que é que significa “ter lucro”? Bom, compra-se um carro porque tem melhor performance; compra-se uma roupa porque nos sentimos melhor com ela que com outras; compra-se um determinado computador porque tem um processador melhor… Seja verdade ou seja mentira, seja enquadrado no campo da racionalidade ou da emocionalidade, eu tenho, enquanto consumidor, de ter lucro. A marca tem de me entregar lucro; e tem de criar lucro para si. Portanto, da duplicidade de forças que há, entre quem vende e quem compra - e do lucro que as partes procuram, resulta uma marca.”
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