quinta-feira, 30 de julho de 2009

Paredes de Coura 2ºDia

"Franz Ferdinand são cabeças de cartaz do segundo dia de Paredes de Coura. BLITZ já falou com Pains of Being Pure at Heart e Temper Trap.
Ao segundo dia de Paredes de Coura, a BLITZ vai trazer-lhe toda a informação e as melhores imagens sobre uma jornada de música encabeçada pela actuação dos Franz Ferdinand . 18h30 - O recinto prepara-se para acolher a primeira actuação da tarde, a dos australianos Temper Trap .
A BLITZ esteve sentada à mesa com Dougy Mandagi e Toby Dundas, respectivamente vocalista e baterista da banda que começou por chamar-se Temper Temper, antes de um grupo americano com o mesmo nome os obrigar a arranjar novo baptismo. A banda que Dougy e Toby mais esperam ver, esta noite em Paredes de Coura, são mesmo os Supergrass , uma vez que essa era a banda-sonora quase exclusiva do local onde os músicos se conheceram: uma loja de roupa onde ambos trabalhavam. "Vamos estar a cantar as letras todas e a fazer air piano", brincaram. De origem indonésia, Dougy Mandagi mostrou-se ainda curioso com a existência de algumas palavras em comum nos idiomas dos dois países, "como manteiga, bola e roda", comentou.
Quanto às comparações entre o som dos Temper Trap e o dos U2, sobretudo a nível de guitarras, os australianos concordaram e lembraram até que os irlandeses podiam muito bem contratá-los para as suas primeiras partes. " Bono, se nos estás a ouvir, deixa de querer salvar o mundo e contrata-nos, mas é!". sugeriram. Depois de um dia de recepção ao campista muito concorrido, Paredes de Coura arranca hoje, verdadeiramente, com um conjunto de concertos que deverá atrair até à vila minhota muitos milhares de espectadores.
19h30 - A pequena multidão concentrada frente ao palco principal exulta quando um dos músicos dos Temper Trap acumula a função de tocar pandeireta com o rebentar de um balão gigante e cor de laranja, pertença da rádio patrocinadora do festival.
A primeira banda a actuar no palco nobre, os Temper Trap são cinco, vêm de Melbourne, na Austrália - no caso do vocalista Dougy Mandagi, "importado" da Indonésia - e usaram música emocional e palavras em português para conquistar o público, neste ameno final de tarde. "Parece mesmo português! Até já ia pedir o meu dinheiro de volta", troçou, atrás de nós, um espectador impressionado com o discurso fluente de Dougy Mandagi. Tal como em disco, os Temper Trap são, ao vivo, uma banda-catavento, com cada canção a apontar em sentidos diversoss. Se em "Sweet Disposition" a melancolia, servida por falste capaz, acaba por culminar em refrão épico, outros temas há ("Love Lost à cabeça) em que a soul light dos anos 70, tão bem revisitada por Josh Rouse em 1972 , convive com crescendos à moda dos Coldplay. Se resulta? Resulta, pois.
Quer quando soam a MGMT com menos sintetizadores, quer quando mostram, sem vergonha, a costela U2, os Temper Trap entretêm na perfeição os espectadores que começam a chegar ao recinto e se esparramam nas ladeiras. Os Pains of Being Pure at Heart são os senhores que se seguem."
in BlitZ

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