quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Aquilo que nos pertence

Vivemos tudo aquilo que quisemos viver. Fizemos tudo aquilo que sempre tivemos vontade de fazer...Chegamos ao ponto de romper ligação e tudo o que fizemos e vivemos fica para sempre suspenso "naquilo" que designam por memórias ou recordações. É possível que o coração como que por um impulso ou click vá buscar essas mesmas recordações? É possível sofrer quando sentimos que alguém vive a mesma vida que nós mas no nosso lugar? É possível sentir a revolta ao constatar que alguém viveu o mesmo que nós e que desse modo ocupa o lugar de algo que nos "pertence"? A verdade é que sim...é possível. Não se sabe explicar como nem porquê e aparentemente não existe cura para além do tempo, que como se diz, cura tudo.

5 comentários:

ana. disse...

e às vezes, por mais tempo que passa a sensação de pertença nunca muda. e por mais tempo que passe, há sempre uma réstia de mágoa, de esperança.
apesar de se saber que já não há volta a dar.
se calhar nem estamos a falar do mesmo, mas há coisas que se aplicam de modo transversal.

Fábio Savelha disse...

Olá anna,
a verdade é que a possibilidade de não estarmos a falar do mesmo é reduzida ou quase inexistente mesmo porque, acima de tudo falamos de sentimentos!
Obrigado pela visita.
Volta sempre.

Fábio

Anónimo disse...

Às vezes é pior sermos nós a viver no lugar de outro. Os que estão lá para nós... estão para o outro, que estamos em lugar.

Obrigado pela visita ;)

Anónimo disse...

É possível que diversas situações façam com que cada um vá buscar tudo o que, como diz, está na memória ou nas recordações…porque a memória não está apenas no cérebro…está no coração também. Na vida ninguém é substituível e ninguém vive o que outra pessoa viveu…talvez essa revolta seja desnecessária quando a conclusão é apenas uma ilusão…talvez esse lugar a que se refere não possa ser preenchido porque como mencionei, não existem diferentes pessoas com o mesmo lugar no coração. Quanto ao tempo, muitas vezes ele não cura…esconde…abraço

Fábio Savelha disse...

Olá Hugo,
antes de mais obrigado pela visita e pelo comentário. Tal como publiquei também defendo que o registo das coisas que vivemos não fica apenas no nosso cerebro e que neste caso é o coração que mais influencia. Todos nós somos diferentes, todos procuramos coisas diferentes e todos sentimos as coisas de forma diferente, daí as várias opiniões!
Obrigado e volta sempre.

Fábio