Nem tudo o que nos rodeia se mantém estático e inalterável. A cada nova madrugada inicia-se um novo dia, e com esse novo dia surge um novo ciclo que renova e altera tudo o que havia sido dado como certo e permanente na noite anterior. Não dormimos sempre na mesma posição. Não acordamos todos os dias da mesma forma. Não sorrimos todas as manhãs face ao tempo que faz lá fora. Não temos a mesma vontade de tomar duche, lavar os dentes e desfazer a barba como “rotineiramente” acontece. Porque também nós temos carências e essencialmente porque não estamos sozinhos, por vezes sabe-nos bem dormir na mesma posição que ontem, acordar com o mesmo espírito que no dia anterior, sorrir para o sol que espreita pelos buracos dos estores ou para os amantes da chuva, senti-la cair lá fora na rua. Sentir a água do duche a correr pelo corpo enquanto esfregamos os dentes e para aqueles que a fazem, desfazer a barba…tal como nós, os objectos e neste caso o papel de parede têm o seu espírito, acto de acordar e forma de estar no dia-a-dia!
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